Mãe do porteiro Guilherme Alves Pereira, de 23 anos, Simone Alves da Silva Pereira, disse que confia que o réu pelo crime, Wallas Gomes de Lima, de 27 anos, será condenado. Ela falou da esperança após acompanhar a primeira audiência do caso, quando foram ouvidas testemunhas e o próprio preso. O crime aconteceu no dia 13 de outubro de 2018, em Itumbiara, no sul de Goiás. A motivação, segundo as investigações, foi uma bolinha de papel jogada no chão.
“Estamos bem confiantes de que a justiça será feita. Meu desejo como mãe, é que ele pegue a pena máxima pelo ato que ele cometeu”, desabafou.
A audiência foi realizada na tarde de segunda-feira (22), mas a imprensa não foi autorizada a acompanhar os depoimentos das testemunhas e do réu. Conforme apurou a TV Anhanguera, foram ouvidas 8 testemunhas de acusação e 2 de defesa.
Mãe de porteiro Guilherme Alves Pereira, de 23 anos, Simone Alves da Silva Pereira crê que a Justiça será feita — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Advogado do preso, Rodrigo Pereira da Silva disse que vai mostrar que o seu cliente estava tentando se defender.
“A linha de defesa parte do esclarecimento desses fatos e da demonstração de que a pessoa do Wallas vinha sendo objeto de ameaça sim. E que, infelizmente, no dia em específico, ele agiu como agiu para se privar de um mal maior a que poderia acometer a si mesmo e a sua família”, afirmou.
Wallas Gomes de Lima, de 27 anos, se entregou à Polícia Civil no último dia 29 de maio. O vigilante é investigado pela morte do porteiro e colega de trabalho Guilherme Alves Pereira.
Wallas Gomes de Lima é acusado de matar porteiro em condomínio de Itumbiara, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Imagens de câmeras de segurança da portaria do condomínio onde ambos trabalhavam mostram quando o porteiro foi assassinado a tiros (assista acima). Na época da investigação policial, o delegado Ricardo Chueire contou que a vítima já havia sido ameaçada e, horas antes de morrer, chegou a mandar uma mensagem a um amigo dizendo justamente isso.
"Quando ele retornou ao seu posto de trabalho, o vigilante efetuou a abordagem. Ele ergueu os braços. O vigilante, se aproveitando que ele estava de costas, com os braços erguidos, desferiu um disparo contra a cabeça e, não satisfeito, com a vítima já em solo desferiu mais dois tiros", afirmou à época.
As investigações apontaram que a discussão entre os dois começou por conta de um papel jogado no chão. “O vigilante atirou uma bola de papel no lixo da guarita do porteiro, que pediu que ele catasse. Eles iniciaram uma discussão”, completou o delegado.
Também conforme o delegado, vítima e réu já tinham se desentendido em outra ocasião. "Houve uma discussão há um tempo a respeito da divisão do gasto de combustível e, desde então, a relação deles estava abalada", afirmou.
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