A cozinheira Viviane Ribeiro, de 37 anos, teve o pescoço cortado por uma linha com cerol no fim da tarde desta terça-feira (2) no Jardim Goiás, em Goiânia. Ela passava de moto por uma rotatória perto do Estádio Serra Dourada, quando ficou presa na linha. Viviane levou sete pontos no ferimento.
“Eu estava indo para casa, quando senti a linha no meu pescoço. Eu só tive o sentindo de tirar. Eu segurei a linha com uma das mãos e cortou o meu dedo. Por eu ter segurando ela entrou só de um lado do meu pescoço”, contou Viviane.
Para ela, o corte só não foi mais grave porque acabou batendo com a moto em um carro.
“Eu acho o que me salvou foi que eu bati em um carro, que estava do meu lado, a moto pendeu, eu fui arremessada para frente e aí que consegui tirar a linha do pescoço. Eu acredito que se não tivesse batido no carro, eu teria morrido”, afirmou a cozinheira.
Além dos cortes, Viviane ficou com algumas partes do corpo raladas.
“Foi muito rápido, muito rápido mesmo. Eu estava de vagar se tivesse acelerado mais, acho que teria sido pior”, informou.
Viviane Ribeiro teve que levar sete pontos no pescoço após ser atingida na moto por linha com cerol, em Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Segundo a cozinheira, no momento do acidente, ela não teve noção da gravidade e só pensava em voltar para casa e amamentar o filho de dois meses.
“Quando caí, lembrei do meu filho que eu tinha que amamentar. Veio um rapaz e meu deu uma toalhinha para eu pressionar o corte no pescoço porque estava saindo muito sangue. O cara que eu bati no carro ficou me acompanhando o tempo todo, até achegada do Samu. Naquele momento ali eu fui bem amparada pelas pessoas”, relatou Viviane, que foi socorrida para o Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) Vila Nova.
A cozinheira, que tem também uma filha de 13 anos, disse ainda que nunca tinha passado por situação parecida antes, mas aproveita o que aconteceu com ela para alertar aos pais das crianças e as autoridades para ficarem mais vigilantes à proibição do uso de linhas cortantes.
“Eu acho que os pais desses meninos que estavam soltando essa pipa não têm conhecimento. A orientação é olhar mais, ter mais cuidado, conversar mais, mostrar mais vídeos do que acontece com as pessoas quando são cortadas por cerol”, comentou, pedindo que as autoridade "fiquem mais em cima" na fiscalização.
A Guarda Civil Metropolitana disse que está fazendo um trabalho educativo e também apreendendo linha de pipa com cerol. Em quinze dias, segundo a corporação, já foram apreendidos 147 latas e carretéis com linhas com cerol, ou linha chilena.
Viviane também faz um apelo para que os motoqueiros instalem antenas de proteção em suas motos para evitar o acidente.
“Os motoqueiros devem colocar aquelas anteninhas mais altas dos dois lados. A minha não tinha e agora vi a necessidade de colocar”, finalizou.
Fonte: G1 Goiás