Uma técnica em enfermagem e a tia dela foram presas nesta quinta-feira (30) suspeitas de levar escondido um recém-nascido na Maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, a mãe havia disponibilizado o bebê — que nasceu no dia 25 de maio — para adoção. A criança foi localizada, segundo a polícia, na casa de uma mulher que perdeu um bebê aos seis meses de gestação.
O G1 não conseguiu contato com as defesas da suspeitas. A técnica é funcionária do ambulatório da maternidade. A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (FUNDAHC) é gestora da unidade. Já o diretor da FUNDAHC, Sebastião Pereira Teles, disse que a unidade colaborou com a investigação e que o caso foi elucidado e a mulher será demitida.
De acordo com informações passadas pelo delegado Wellington Lemos, a técnica de enfermagem levou o bebê para a tia, que tem uma filha que, segundo as investigações apontam, perdeu um bebê no sexto mês de gravidez, em dezembro do ano passado.
A informação passada também pelo delegado é de que essa mulher, que perdeu o bebê, não pode ser mais mãe e, por isso, já estava com o quarto do bebê todo montado, onde inclusive a criança levada do hospital foi encontrada pela polícia deitada no berço.
Técnica de enfermagem foi presa e acabou contando para a polícia para onde tinha levado o bebê — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Ao G1, o diretor da FUNDAHC, Sebastião Pereira Teles, disse que a funcionária trabalhava na unidade há cerca de 9 meses, através de um contrato por tempo determinado, que será encerrado, e que a mulher nunca havia apresentado problemas de comportamento no serviço.
“Nós vamos demitir ela e tomar outras providências necessárias junto ao inquérito policial. Ela vinha no trabalho direitinho, não levantava nenhuma suspeita”, disse o diretor da Fundação.
Ainda segundo ele, no hospital há câmaras de segurança, mas não foi necessária análise das imagens para chegar até a suspeita.
“Foi através do que foi dito pela equipe do plantão noturno que se levantou a suspeita sobre ela. A Polícia foi até ela e confirmou”, afirmou Sebastião Teles.
O Conselho Tutelar informou que o menino nasceu com um problema de saúde e que a mãe não quis ficar com ele, fugindo do hospital.
A polícia informou que as mulheres devem ser indiciadas por subtração de incapaz. A pena prevista para o crime é de até dois anos de prisão.